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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Estrada-Parque Visconde de Mauá

Há anos a pavimentação da estrada de acesso à região de Visconde de Mauá vem despertando divergências entre a população residente e turistas.Por um lado, há muitas pessoas que desejam a pavimentação apostando no aumento do fluxo de turistas e de dinheiro, bem como a facilidade de melhor deslocamento até Resende, por motivos diversos, inclusive de emergências médicas. Por outro lado, há os que preveem o aumento populacional e as mazelas decorrentes, como o aumento da poluição, do desemprego e da violência, resultando na degradação socio ambiental e na perda do diferencial que atraía os turistas até nossa região.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dia do Clima



No dia 21 de setembro de 2009, data em que tradicionalmente comemora-se o Dia da Árvore, será feita uma ação integrada com diversos municípios, empresas e ONGs do Estado, com o objetivo de plantar o máximo de árvores num só dia, dentro da Mata Atlântica. Trata-se de uma iniciativa em comemoração ao primeiro ano de funcionamento do Contador de Árvores da Mata Atlântica. O contador de árvores é um projeto da Secretaria de Estado do Ambiente que, através da Superintendência de Biodiversidade e em parceria firmada este ano com Instituto Terra de Preservação Ambiental, contabiliza as árvores nativas plantadas no Estado do Rio de Janeiro.
Neste primeiro ano, já foram contabilizadas 3 milhões de árvores. E no dia 21 será feita uma grande mobilização estadual para aumentar esses números. Esse dia foi batizado de Dia do Clima, ou simplesmente Dia C. Seu principal objetivo é unir todo o Estado numa luta conjunta à favor da biodiversidade, das águas e contra o aquecimento global. Além de motivar a sociedade à cumprir as metas firmadas no Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. A meta de cada instituição é de plantar, no mínimo, 500 árvores. Sendo que diversas instituições já se propuseram a superar esta meta. O evento é pulverizado pelo Estado do Rio de Janeiro como um todo. Se cada entidade cumprir sua meta, será batido o recorde de plantio simultâneo da Mata Atlântica. O Dia C vai ter como ponto principal o Estado do Rio de Janeiro, onde acontecerá no Jardim Botânico e contará com a presença de diversas autoridades. Ao final do encontro, todas as árvores serão contabilizadas e o Contador de Árvores será atualizado. Portanto, é imprescindível que todos participem plantando o maior numero possível de árvores.
Entre no Clima. No Dia C, plante uma árvore!

Leica M9

Essa é para poucos e, preferencialmente, sem restrições orçamentárias. A tradicional fabricante de câmeras fotográficas alemã, Leica, começou a vender em setembro o mais novo membro do seu enxuto portfólio de câmeras fotográficas.
A M9 é a primeira câmera digital da categoria a trazer um sensor full frame – ou seja, o sensor CCD (coração da câmera digital), da Kodak, é capaz de capturar imagens no formato 35 milímetros (quadros de 24mm por 36mm) em ultra-alta resolução, como nos filmes analógicos. As câmeras digitais tradicionais (compactas ou SLR) geram imagens ligeiramente menores.
Quem supõe que a M9 seja um exemplo de design futurista pode se espantar com o aspecto parrudo e até retrô que sempre marcou os equipamentos Leica. O corpo da M9 mede 13,9 cm de largura por 8 cm de altura por 3,7 cm de espessura e, apesar disso, não é um equipamento leve: pesa 589 gramas (com bateria) – a maior parte do corpo é fabricado em magnésio. A robustez e durabilidade das Leica também são uma espécie de marca registrada que atraem os fãs da boa fotografia.
O sensor tem resolução de 18 megapixels e gera imagens em formatos DNG (RAW) - 14-bit uncompressed (36 MB) / 8-bit compressed (18 MB); JPEG (Fine / Basic); e DNG + JPEG. A sensibilidade do sensor, além do modo automático, varia de Pull 80 até ISO 2500.
Para quem está acostumado com os modelos SLR (Single Lens Reflex) que por meio de um conjunto de espelhos vê – por meio do visor ou LCD de 2,5 polegadas – exatamente a imagem que será capturada pelo sensor, pode achar que o método de visualização das Leica é um tanto quanto antiquado. Mas os visores de visão direta das Leica são equipados com um mecanismo para a correção automática de paralaxe
A câmera utiliza o sistema de montagem de lentes tipo baioneta e é compatível com uma infinidade de lentes da marca.
Para quem espera encontrar um sistema de foco automático esqueça. Todo o trabalho de focagem das câmeras da série M é feito manualmente por meio de um anel localizado nas lentes.
Um pequeno retângulo (chamado RF spot) acinzentado, localizado no centro do visor, apresenta uma imagem duplicada. Quando o foco está correto, a imagem duplicada desaparece (bem como o RF spot), mostrando uma imagem perfeitamente focada.
Para conhecer mais detalhes da M9, visite o site da Leica. E, caso decida-se tornar proprietário de uma dessas preciosidades, prepare o bolso: apenas o corpo, nos Estados Unidos, custa 6.995 dólares.
Fonte: PCWORLD

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mario Cravo Neto

O Brasil perdeu um de seus expoentes da área cultural: Mario Cravo Neto de 62 anos faleceu no dia 09 de agosto de 2009. Nascido em 1947, aos 18 anos iniciou sua carreira artística em escultura e fotografia, tendo participado em cinco bienais de São Paulo alem de inúmeras exposições nos EUA e Europa.
Filho do escultor Mario Cravo Júnior, colaborou com as revistas "Popular Photography" e "Câmera 35". Seu trabalho é conhecido pela abordagem da religiosidade através dos cultos afro-brasileiros, lançou vários livros seu mais recente foi "O Tigre do Dahomey: A Serpende de Whydah" de 2004.
Nesse filme: http://www.youtube.com/watch?v=l84HDI-9QhM é possível conhecer um pouco mais de seu trabalho.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Inconstitucionalidade

A multinacional de sementes transgênicas Monsanto obteve uma liminar de mandado de segurança para impedir a distribuição da cartilha "O Olho do Consumidor" produzida pelo Ministério da Agricultura, com arte do Ziraldo, para divulgar a criação do Selo do SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que pretendia padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor na sua escolha de alimentos realmente orgânicos.
O link do Ministério está "vazio" tendo sido retirado o arquivo do site.
Em autêntica desobediência civil e resistência pacífica à medida de força legal, estamos distribuindo eletronicamente a cartilha. para fazer o download copie e cole o link a seguir na barra do seu navegador: http://www.scribd.com/doc/18004636/cartilha-ziraldo-o-olho-do-consumidor

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Fotos do Inverno


Preservando a Ordem


Oásis


Na contra-panning


Quaresmeira


Lona da Alegria

domingo, 31 de maio de 2009

Uso de sacolas ecológicas rende desconto em padaria e mercados

O uso de sacolas ecológicas, em substituição aos sacos plásticos, está rendendo descontos em vários estados. No Brasil, são distribuídas 1 bilhão de sacolas plásticas por mês nos supermercados. Cada uma leva até 300 anos para se decompor.
Em Curitiba (PR), até padaria aposta na onda verde para convencer o consumidor a usar sacolas ecológicas. "Já vendemos mais de mil sacolas”, diz o gerente Pedro Farinha.
Em uma rede de supermercados, quem abrir mão das sacolas de plástico ganha descontos na boca do caixa. “A cliente que é consciente, levando em caixinhas de papelão, ou embalagem retornável, ganha desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens", explica a caixa.
A ideia vem sendo testada pela empresa no Nordeste e rendeu R$ 70 mil em descontos. “Já deixaram de ser consumidas em torno de 2,3 milhões de sacolas”, contabiliza o diretor de operações Elton Brito.
A campanha em uma rede de supermercados, em São Paulo, começou em 2005. Já foram vendidas quase 700 mil sacolas retornáveis. Mas consumidores que ainda não se habituaram ao uso têm lá suas razões. “Acho complicado, porque faço sempre compras grandes. Fica difícil trazer a própria sacola”, justifica a paisagista Ana Lucia Marguti.
Logo a rede percebeu que apesar das sacolinhas agradarem, elas não retornavam aos supermercados. O consumidor deixava em casa, guardada. Foi aí que nasceu a ideia de premiar quem se lembrasse da sacola nas próximas compras. O cliente vai acumulando pontos e troca por descontos. Só no mês passado, 100 mil sacolinhas de plástico deixaram de ser usadas nas lojas da rede.
“É preciso instituir uma nova tecnologia de coleta de resíduos que dê conta de se poder descartar da cozinha das pessoas até o caminhão de coleta de resíduos sem o uso de sacolas plásticas”, alerta a diretora do Instituto Polis Elisabeth Grimberg.
Em um única rede de supermercados de São Paulo, mais de 30 mil pessoas usaram a sacola retornável no mês passado.
Fonte: G1

Sebastião Salgado - De volta à natureza em fotos e ação

Sebastião Salgado parece um pouco alérgico a Los Angeles. E isso não é só porque o celebrado fotojornalista brasileiro está fungando desde que chegou na cidade. "Nasci num ecossistema tropical. Não estou acostumado a essas plantas", diz ele.
Mas também porque ele apimenta sua descrição da cidade com palavras como estranha e maluca, observando que ficou mesmerizado com o fluxo interminável de automóveis que viu da janela de seu avião ao chegar aqui.
A região metropolitana de Los Angeles é, em todo caso, uma disparidade frustrante em relação às remotas, pouco povoadas e desertas locações por onde ele tem viajado para realizar seu trabalho épico e ecológico em andamento chamado "Gênesis". Famoso por dar uma face humana à pressão política e econômica de países em desenvolvimento, Salgado está fotografando os vestígios mais prístinos de natureza que pode encontrar: áreas do planeta intocadas pelo desenvolvimento moderno.
Ele visitou a tribo seminômade Zo'é, no coração da floresta tropical brasileira e enfrentou trechos desolados do Saara. O próximo destino: dois meses na cadeia montanhosa Brooks, no Alaska, no rastro dos caribus e das ovelhas Dall.
Mas esse tipo de ambientalismo é caro o suficiente para ele ter de voltar para as cidades grandes em busca de apoio. Foi o que o trouxe aqui para três dias de negociações, reuniões e festas. Numa noite ele fez uma apresentação de slides mostrando seu novo trabalho de "Gênesis" para uma platéia lotada no Hammer Museum. Na noite seguinte, ele foi o convidado de honra num jantar para levantar fundos na galeria Peter Fetterman, em Santa Mônica, onde parte de seu novo trabalho está sendo exibido na mostra "África", até 30 de setembro.
Depois disso, ele foi para São Francisco para um jantar beneficente dado por Robin Williams, antes de voltar para Paris, que ele considera sua casa, tanto quanto Vitória, no Brasil.
Isso pode parecer uma agenda de penitência, mas o fotógrafo de 65 anos diz que não se importa e não perde a concentração no trabalho mesmo quando cercado por colecionadores e celebridades que apóiam a arte.
Sentado na galeria Peter Fetterman, com uma foto de zebras na Namíbia pendurada sobre sua cabeça, Salgado comparou seu tempo longe da natureza com o momento de potencial ruptura em que ele tem que trocar o filme em sua câmera, quando ele gosta de fechar os olhos e cantar para não perder a concentração.
"Eu vim aqui para algumas coisas especiais, mas minha cabeça está lá, meu corpo está lá", disse ele com uma expressão absorta e um leve sotaque brasileiro. "Posso dormir num quarto de hotel em Los Angeles, mas na minha cabeça estou sempre editando fotos".
Para "Gênesis", um projeto de oito anos concluído quase pela metade, ele está montando uma história visual sobre os efeitos do desenvolvimento moderno sobre o ambiente. Mas em vez de documentar diretamente os efeitos da poluição ou do aquecimento global, por exemplo, ele está fotografando lugares naturais que ele acredita que de certa forma "escaparam ou se recuperaram" dessas mudanças: paisagens de terra e mar, animais e tribos indígenas que representam um estado anterior, puro - prístino é a palavra favorita - da natureza.
Dessa forma, "Gênesis" é um projeto grandioso e romântico de retorno à natureza, combinando elementos pastoris e sublimes. Salgado também o descreve como um retorno à infância, quando ele cresceu numa fazenda no Vale do Rio Doce, no sudeste do Brasil - que na época tinha 60% de mata atlântica - que sofreu com erosão e desmatamento terríveis. Anos mais tarde, em 1998, ele e sua mulher, Lélia, fundaram o Instituto Terra, com 1.500 acres, para realizar um projeto de reflorestamento ambicioso na região. Sua mulher, que também cuida do design de seus livros e exposições, é a presidente do instituto; ele é o vice-presidente e seu porta-voz mais famoso. Ou, como Ian Parker escreveu na revista "The New Yorker", Salgado é mais do que um fotojornalista, "da mesma forma que Bono é algo mais do que um pop star".
Resumindo, enquanto o Instituto Terra é o braço enraizado de ativismo ambiental local, "Gênesis" é sua contrapartida voltada para as fotos, com uma visão mais global. Desde que empreendeu a série em 2004, visitou cerca de 20 lugares nos cinco continentes.
Ele começou com uma série de fotos das Ilhas Galápagos, que homenageavam os estudos de Darwin por lá. (Salgado disse que o título, "Gênesis", não tem intenção de ser religioso.) "Darwin passou entre 37 e 40 dias lá", disse. "Eu consegui ficar três meses, o que foi sensacional". Ele ficou impressionado de ver com os próprios olhos a seleção natural em espécies como o cormorão, um pássaro que perdeu a capacidade de voar depois de ter sido obrigado a buscar comida debaixo d'água.
No outono passado, Salgado passou dois meses na Etiópia, onde fez uma caminhada de cerca de 800 quilômetros (com 18 mulas de carga e seus donos) desde Lalibela até o Parque Nacional Simien, onde fotografou montanhas, tribos indígenas e espécies raras como um babuíno peludo conhecido como "gelada". "Eu estava viajando naquela região da mesma forma que as pessoas faziam a 3 ou 5.000 anos atrás", disse.
Bem, quase da mesma forma. Ele levava um telefone via satélite, o que o tornou o guia do grupo no que dizia respeito a receber notícias das eleições norte-americanas em novembro. "Quando descobrimos que Obama venceu, todos que estavam guiando as mulas começaram a pular", disse. Ele chamou a eleição de Obama de "uma vitória para o planeta".
Ele tem um otimismo cauteloso em relação a seu próprio trabalho ambiental.
"Estou 100% certo de que, sozinhas, minhas fotos não fariam nada. Mas como parte de um movimento maior, espero que elas façam a diferença", disse ele. "Não é verdade que o planeta está perdido. Precisamos trabalhar duro para preservá-lo".
Os primeiros projetos de Salgado também foram instigados por uma sensação de urgência. Antes de se tornar um fotógrafo ele fez seu trabalho de doutorado em economia agrícola na Universidade de Paris e trabalhou como economista para a Organização Internacional do Café em Londres. É possível ver essa formação na abrangência e complexidade de suas fotos.
"Trabalhadores", um projeto de sete anos concluído em 1992, trazia imagens de trabalhadores de 26 países, incluindo suas aclamadas fotos dos garimpeiros em Serra Pelada, no Brasil. "Êxodos", um projeto de seis anos fotografado em mais de 40 países e concluído em 1999, focava imigrantes, refugiados e outras populações deslocadas que são financeiramente, e com frequência fisicamente, vulneráveis. (Ambas as séries se tornaram livros.)
Um curador do Getty Museum, Brett Abbot, que está incluindo "Êxodos" em sua mostra de 2010 sobre fotojornalismo narrativo, diz que essa "abordagem épica" é uma das marcas registradas de Salgado: "De todos os fotógrafos que estou olhando, ele foi provavelmente o que escolheu as maiores estruturas conceituais. Ele está sempre olhando para os problemas globais".
Nesse sentido, "Gênesis" não é uma novidade tão grande quanto pode parecer de início.
Mesmo apesar de ele ter recentemente migrado para uma câmera digital para impressões de grande escala, as fotos de Salgado tem uma sensibilidade consistente. Ele ainda faz negativos. E ainda gosta de fotografar seus temas usando contra-luz, enfatizando - ou romantizando, dizem seus críticos - suas formas. Ele ainda trabalha em preto e branco. E seu trabalho ainda culmina em ensaios fotográficos que, através de uma rede de pequenas histórias, revelam algo a respeito de uma espécie inteira. Seu tema fundamental são os sistemas sociais, e agora os ecossistemas.
Seu galerista de longa data, Peter Fetterman, também vê uma linha contínua forte em sua carreira. Apesar de ter inicialmente se surpreendido com o interesse pelas paisagens exuberantes ("Quando eu vi os negativos, achei que talvez estivesse no estúdio errado, ou no arquivo de Ansel Adams"), ele disse que a empatia de Salgado pelas temas é um traço fundamental. "Outros fotojornalistas saem e voltam em um dia", disse Fetterman. "Sebastião vai e vive com seus temas por semanas antes de tirar a primeira foto".
Salgado também enfatiza a continuidade entre seus vários projetos. "Não há diferença entre fotografar um pelicano ou um albatroz e fotografar um ser humano", disse ele. "Você precisa prestar atenção neles, passar tempo com eles, respeitar seu território". Até as paisagens, diz ele, têm sua própria personalidade e retribuem uma certa dose de paciência.
Seu objetivo em "Gênesis" é produzir um total de 32 ensaios visuais, que ele espera exibir em grandes parques públicos assim como em vários museus a partir de 2012. "É o meu sonho mostrar o trabalho no Central Park, não em algum prédio, mas do lado de fora, junto com as árvores", disse ele.
Até agora, o apoio financeiro para o projeto veio de vendas em galerias e acordos de reprodução com revistas como a "Paris Match" na França e a "Visão" em Portugal. Duas fundações de Bay Area - Susie Tompkins Buell's e o Christensen Fund - também emprestaram dinheiro.
Eventualmente, para levantar dinheiro para a publicação, ele planeja lançar uma edição limitada de 20 fotografias em platina. Esta seria a primeira vez para Salgado, que é conhecido por imprimir suas fotos democraticamente, tantas quantas forem requisitadas.
Este é apenas um dos elementos que faz com que "Gênesis" pareça um projeto para a posteridade: a contribuição cuidadosamente planejada e bem intencionada de um fotojornalista veterano para seus filhos, netos e para o mundo como um todo. Mas ele diz que não pensa no projeto como seu último. Apesar de admitir que talvez não tente fazer novamente uma caminhada de 800 quilômetros nas Montanhas Simien, ele diz que não tem planos de se aposentar tão cedo.
"Não conheço nenhum fotógrafo que tenha parado de trabalhar só porque fez 70 anos", disse ele, acrescentando que os fotógrafos tendem a viver por muito tempo. Ele mencionou Henri Cartier-Bresson, que morreu com 95 anos, e Manuel Alvarez Bravo, que viveu até os 100.
"Eu fui à Cidade do México para a celebração do 100º aniversário de Alvarez Bravo", disse. "Ele estava doente, com seus pés dentro de uma banheira de água quente, mas ainda estava com sua câmera. E então ele fotografava os pés".
Fonte: The New York Times

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Novos trabalhos fotográficos são encontrados em caixas de papelão velhas

Quando as três caixas velhas de papelão - conhecidas coletivamente, e cinematograficamente, como "a mala mexicana" - chegaram ao Centro Internacional de Fotografia há mais de um ano, uma das primeiras coisas que um especialista em conservação de fotografias fez foi inclinar-se e cheirar o filme dobrado que havia dentro delas, temendo sentir um cheiro acre denunciador, um sinal da decomposição da película de nitrato.

Mas descobriu-se que os rolos de filme estavam em notável bom estado, apesar de terem permanecido praticamente intocados durante 70 anos. E, assim, teve início o árduo processo de desenrolá-los, escaneá-los e descobrir o que havia nos 4.300 negativos de fotos tiradas por Robert Capa, Gerda Taro e David Seymour durante a Guerra Civil Espanhola, um trabalho pioneiro que há muito acreditava-se ter sido perdido, mas que reapareceu vários anos atrás.
O que os especialistas do centro descobriram em meio aos 126 rolos nos últimos meses foram várias fotos desconhecidas tiradas por Capa, um dos fundadores da agência de fotografias Magnum e fotógrafo de guerra pioneiro, e por Taro, a sua parceira profissional e companheira, que morreu em 1937, ao ser atingida por um tanque perto da frente de batalha, a oeste de Madri. Mas o mais surpreendente foi a quantidade de novos trabalhos feitos por Seymour, conhecido como Chim, que estavam nas caixas. Chim, que foi um outro co-fundador da Magnum, não ficou conhecido pelas suas fotografias de batalha, mas sim pelo fato de ter documentado de forma penetrante a vida espanhola à sombra da guerra.
"Isto de fato amplia pela primeira vez a nossa visão de Chim na Espanha, e o trabalho é de fato uma grande realização", afirma Brian Wallis, o curador do centro, que está planejando organizar uma exposição retrospectiva da carreira de Chim, que seria inaugurada em setembro de 2010. Cerca de um terço dos negativos encontrados nas caixas foi produzido por Chim (que pronuncia-se "shime", uma abreviatura do seu verdadeiro sobrenome, Szymin), que foi morto em 1956, quando cobria a crise do Canal de Suez. "Estamos impressionados com a quantidade de trabalhos deles que havia nas caixas", diz Wallis.
Apesar da esperança inicial, os negativos não esclareceram um enigma que há muito paira sobre a carreira de Capa: se ele montou artificialmente o cenário da sua fotografia mais famosa, que foi uma das imagens que definiram a guerra, "O Soldado Caindo", que mostra um miliciano republicano espanhol caindo para trás, naquele que parece ser o instante em que a bala o mata em Córdoba. As caixas não continham nenhuma das séries de fotografias tiradas naquela fatídica tarde de 5 de setembro de 1936, embora várias imagens que sobreviveram da sequência tenham sido publicadas anteriormente, e Richard Whelan, o biógrafo de Capa, tenha argumentado persuasivamente que a foto não foi montada (nunca se encontrou o negativo da fotografia; ela foi reproduzida a partir de duas velhas impressões).
Segundo Cynthia Young, curadora no centro da Coletânea de Capa, e que é a pessoa mais envolvida com as imagens, o que as caixas proporcionaram foi uma compreensão bem mais profunda de como Capa, Taro e Chim trabalharam durante o período relativamente curto no qual estavam criando coletivamente o arquétipo do fotógrafo de guerra moderno. A descoberta também elucidou narrativas importantes da guerra, como a cobertura feita por Capa, em março de 1939, dos famosos campos de confinamento para refugiados espanhóis no sudoeste da França, um assunto que é foco cada vez maior de pesquisas históricas.
Com relação a Capa e Taro, os negativos recém-descobertos estão proporcionando uma forma de entender o confuso arquivo de imagens feitas por eles da Guerra Civil Espanhola, cujas datas, sequências e até mesmo atribuições continuavam incertas. Grande parte do trabalho conhecido deles realizado naqueles anos foi organizado em nove álbuns de provas de contato com poucas informações identificadoras (um dos álbuns está no centro, os outros encontram-se nos arquivos nacionais franceses, em Paris).
"Como os rolos nas caixas mostram fotos sequenciais de grande parte do trabalho de guerra mais famoso dos três fotógrafos, isso permite também que os especialistas vejam como os olhos deles estavam funcionando quando fotografavam essas histórias", diz Young. "E eu acho de fato que este é o fator mais interessante nesse projeto, vislumbrar o processo de pensamento deles".
O trabalho de escanear cuidadosamente todas as imagens de 35 milímetros só pôde ser iniciado plenamente vários meses após a chegada do material a Nova York, quando Grant Romer, um especialista em conservação de fotos da George Eastman House, em Rochester, no Estado de Nova York, ajudou a desenvolver um dispositivo especial através do qual os negativos podem ser submetidos a escaneamento digital sem que sejam danificados.
Mesmo agora que as imagens surgiram, a história de como os negativos saíram do estúdio de Capa, em Paris, e foram parar no México, não ficou nem um pouco esclarecida. A partir da reconstituição dos fatos feita por Whelan, o biógrafo (que morreu em 2007), e outros especialistas, Capa aparentemente pediu ao seu gerente de laboratório de revelação que salvasse os seus negativos, depois que o fotógrafo fugiu de Paris para Nova York. As caixas provavelmente chegaram a Marselha e, em algum momento, foram parar nas mãos do general Francisco Aguilar Gonzalez, um diplomata mexicano que no final da década de 1930 servia em Marselha, cidade na qual o governo mexicano ajudava os refugiados anti-fascistas da Espanha a emigrarem para o México.
Os negativos também foram parar no México, onde, após a morte do general, tornaram-se propriedade de um cineasta da Cidade do México, Benjamin Tarver, cuja tia era amiga próxima do general. Na década de 1990, Tarver anunciou a existência dos negativos, e em 2007, após delicadas negociações, ele concordou em entregá-los ao Centro Internacional de Fotografia, que foi fundado pelo irmão de Capa, Cornell Capa.
"Além das novas imagens feitas por Chim que serão exibidas na sua retrospectiva, o centro está planejando agora uma grande exposição em 2010 de grande parte do trabalho encontrado na mala mexicana", afirma Wallis. "Consideramos esta uma das mais importantes descobertas de trabalhos fotográficos do século 20".
Fonte: Randy Kennedy - The New York Times

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Hubble celebra 19 anos com imagem de 'Fonte Cósmica'


Para comemorar os 19 anos do Telescópio Espacial Hubble em órbita da Terra, a Nasa e a Agência Espacial Europeia divulgaram uma foto de um sistema de galáxias conhecido como Arp 194. O grupo contém diversas galáxias ao longo de uma "Fonte Cósmica" de estrelas, gás e poeira que estende por 100 mil anos-luz.

Arp 194, um trio de galáxias, dá a impressão de que uma delas está "vazando" estrelas. na verdade, o fluxo azul é um braço espiral esticado, repleto de estrelas recém-nascidas. Isso costuma acontecer quando duas galáxias interagem gravitacionalmente e atraem partes uma da outra.
Os núcleos das duas galáxias em colisão podem ser vistos na parte superior esquerda da imagem. O braço de estrelas parece ligar-se a uma terceira galáxia, mais abaixo, mas na verdade esse terceiro componente da imagem está mais ao fundo, e não faz contato algum com os dois corpos no primeiro plano.
O "jorro" azul é a parte mais impressionante da composição, e contém complexos de aglomerados de estrelas, que podem conter, cada um, várias dezenas de famílias estelares.

O Hubble foi lançado a bordo do ônibus espacial Discovery, em 1990. O telescópio fez mais de 880 mil observações, registrou mais de 570 mil imagens, correspondendo a 29 mil corpos celestes nos últimos 19 anos.
Fonte: Estadão Online

Rios do mundo transportam cada vez menos água

A vazão dos maiores rios do planeta caiu nos últimos 50 anos, com mudanças significativas afetando cerca de 30% dos principais cursos d'água.
Uma análise dos 925 maiores rios, de 1948 a 2004, mostra um declínio no fluxo total. Só a redução do volume de água despejado no Oceano Pacífico equivale ao desaparecimento do Rio Mississippi, de acordo com estúdio que será publicado na edição de 15 de maio do Journal of Climate, periódico da Associação de Meteorologia dos EUA.
A única região do mundo onde o fluxo de água aumentou foi o Ártico, onde o aquecimento do clima aumenta o derretimento de neve e gelo, dizem pesquisadores liderados por Aiguo Dai, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.
"Os recursos de água doce provavelmente vão declinar nas próximas décadas em muitas áreas populosas de latitudes médias e baixas, principalmente por causa da mudança climática", disse Dai. "O rápido desaparecimento dos glaciares em montanhas do platô tibetano e outros lugares vai agravar a situação".
Embora Dai tenha citado a mudança climática como um fator importante nas alterações dos rios, o artigo científico também menciona outras causas, como o desvio de água para fins agrícolas e industriais.
Entre os rios que apresentam vazão declinante, vários servem a grandes populações. Entre eles, o Rio Amarelo, o Ganges, o Níger e o Colorado.
Houve considerável variação anual na vazão de muitos rios, mas a tendência geral foi de queda: a descarga de água doce anual no Oceano Pacífico caiu cerca de 6%, ou 526 quilômetros cúbicos. No Índico, a queda foi de 3%, ou 140 quilômetros cúbicos. Em contraste, a descarga anual no Oceano Ártico aumentou 10%, ou 460 quilômetros cúbicos.
O Atlântico sofreu pouca mudança, com aumentos na vazão do Mississippi e o Paraná compensadas por uma redução do Amazonas.
Fonte: Estadão Online

terça-feira, 21 de abril de 2009

Biblioteca Mundial Digital da UNESCO

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) lança nesta terça-feira, dia 21 de Abril, a Biblioteca Digital Mundial, que permitirá consultar gratuitamente pela internet o acervo de grandes bibliotecas e instituições culturais de inúmeros países, entre eles o Brasil.
Dezenas de milhares de livros, imagens, manuscritos, mapas, filmes e gravações de bibliotecas em todo o mundo foram digitalizados e traduzidos em diversas línguas para a abertura do site da Biblioteca Digital da Unesco (www.wdl.org).
A nova biblioteca virtual terá sistemas de navegação e busca de documentos em sete línguas, entre elas o português, e oferece obras em várias outras línguas.
Entre os documentos, há tesouros culturais como a obra da literatura japonesa O Conde de Genji, do século 11, considerado um dos romances mais antigos do mundo, e também o primeiro mapa que menciona a América, de 1507, realizado pelo monge alemão Martin Waldseemueller e que se encontra na biblioteca do Congresso americano.
Entre outras preciosidades do novo site estão as primeiras fotografias da América Latina, que integram o acervo da Biblioteca Nacional do Brasil, o maior manuscrito medieval do mundo, conhecido como a Bíblia do Diabo, do século 18, que pertence a Biblioteca Real de Estocolmo, na Suécia, e manuscritos científicos árabes da Biblioteca de Alexandria, no Egito.
Até o momento, o documento mais antigo da Biblioteca Digital da Unesco é uma pintura de oito mil anos com imagens de antílopes ensanguentados, que se encontra na África do Sul.
32 instituições
A Biblioteca Nacional do Brasil é uma das instituições que contribuíram com auxílio técnico e fornecimento de conteúdo ao novo site da Unesco.
O projeto contou com a colaboração de 32 instituições, de países como China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, México, Rússia, Arábia Saudita, Egito, Uganda, Israel e Japão.
O lançamento do site será acompanhado de uma campanha para conseguir aumentar o número de países com instituições parceiras para 60 até o final do ano.
"As instituições continuam proprietárias de seu conteúdo cultural. O fato de ele estar no site da Unesco não impede que seja proposto também a outras bibliotecas", explicou Abdelaziz Abid, coordenador do projeto.
A ideia de uma biblioteca digital mundial gratuita foi apresentada à Unesco pelo diretor da biblioteca do Congresso americano, James Billington, ex-professor da Universidade de Harvard.
Ele dirige a instituição cultural do congresso americano desde 1987 e diz ter aproveitado o retorno dos Estados Unidos à Unesco, em 2003, após 20 anos de ausência, para promover a ideia da biblioteca digital.
"Eu lancei essa ideia e sugeri colocá-la em prática nas principais línguas da ONU, como o árabe, chinês, inglês, francês, português, russo e espanhol", diz Billington.
Ele se baseou em sua experiência na digitalização de dezenas de milhões de documentos da Biblioteca do Congresso americano, criada em 1800.
O objetivo da Unesco é permitir o acesso de um maior número de pessoas a conteúdos culturais e também desenvolver o multilinguismo.
Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ambientes


CCBB - Rio de Janeiro

Fazenda Liberdade - Miracema - RJ

CCBB - Rio de Janeiro - RJ

Parque das Ruínas - Rio de Janeiro - RJ

Marquise do Ibirapuera - S.Paulo - SP

Basílica de N.Senhora Aparecida - SP

Teatro Capitólio - Cruzeiro - SP

CCBB - Rio de Janeiro - RJ

Basílica de N.Senhora Aparecida - SP

Mercado Municipal - S.Paulo - SP

Museu Major Novaes - Cruzeiro - SP

quarta-feira, 18 de março de 2009

Retratos Analógicos (filme)


Black People - Harlem - NY - USA

Artesão - Ouro Preto - MG

Flora - Tiradentes - MG

Black People - Harlem - NY - USA

Vizinho - Visc. de Mauá - RJ

Ariel - Tiradentes - MG

Alunos EOS - Salvador - BA

Preto - Tiradentes - MG

terça-feira, 17 de março de 2009

Fragmentos do Olhar


Sem tripé

Foco duvidoso

Abandonados

Sem pedal

Parabólica

Bzzzzzzz

Horizontais

Miopia

Uma no cravo....

Boa idéia!!

Fauna & Flora


Savacu

Flor de Linhaça

Bem-Te-Vi

Orquídea

Garça

Lagarta

Urucum

Hibiscus

Borboleta

Guapuruvú

Patrimonio Natural


Rio Paraíba do Sul - Resende - RJ

Recreio do Bandeirantes
Rio de Janeiro - RJ

Pão de Açucar - Pedra da Gávea e
Morro do Corcovado - R.de Janeiro

Cachoeira da Prata - Mirantão - MG

Praia de Copacabana - RJ

Pedra da Gávea - RJ

Alcântara - MA

Vale do Alcantilado - Visc. de Mauá - RJ

Pico das Agulhas Negras - Itatiaia - RJ

Serra dos òrgãos - Teresópolis - RJ