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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Conferência Cidades Verdes no Rio de Janeiro

OndAzul comemora vinte anos promovendo evento que discute sustentabilidade nos centros urbanos
 
bannerblog%2Bcidadesverdes.pngNão é de hoje que os habitantes das cidades vem sofrendo as conseqüências do aquecimento global, como inundações das áreas costeiras, falta d'água, ondas de calor etc. Em função da relevância deste tema e para comemorar seus vinte anos, o  ONDAZUL, organizará a Conferência Cidades Verdes.
O evento busca, através da discussão de idéias e da análise de propostas de desenvolvimento sustentável nas cidades, contribuir para a superação do desafio que é diminuir o impacto ambiental das grandes metrópoles. Por concentrarem a maior parte da população mundial, intervenções que visam a sustentabilidade nos centros urbanos são imprescindíveis, pois tem maior reflexo positivo, melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Os seminários da Conferência Cidades Verdes discutirão temas como mobilidade urbana – os limites do automóvel, trens, metrôs etc -, prédios verdes e inteligentes, energia solar – custos e tarifas - e como as cidades contribuem para o aquecimento global, dentre outros assuntos de interesse geral nacional e mundial.
O evento contará com renomados palestrantes nacionais e internacionais, além de autoridades, como o Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do Vice Prefeito e Secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, e do Secretário Municipal de Urbanismo, Sérgio Dias.
Dentre os palestrantes internacionais, virá ao Rio, o gerente executivo e fundador da ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, Jeb Brugmann. O ICLEI é uma organização não governamental que estuda a sustentabilidade e o planejamento urbano e de mitigação de gases de efeito estufa no mundo. As realizações do ICLEI nestes campos têm sido premiadas e reconhecidas pelas principais instituições como as Nações Unidas (1997, 2002), a Agência Européia do Ambiente (2000) e Harvard Business Review (2007). Brugmann falará sobre Urbanismo e Arquitetura Verde e analisará a arquitetura de prédios verdes e inteligentes, além de discutir os níveis de emissão de carbono de uma civilização socialmente sustentável.
O espanhol Manuel Herce Vallejo, diretor do Programa de Pós Graduação de Gestão da Cidade na Universidade Aberta da Catalunha, também virá ao Cidades Verdes. Já o professor e economista Sérgio Besserman discorrerá sobre os efeitos que as cidades exercem sobre o aquecimento global. Além desses, também estará presente o diretor da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), professor Eneas Salati , que abordará a geração de energia solar nas cidades, os telhados fotovoltáticos e as redes inteligentes.
 Inscrições gratuitas e limitadas: 
Telefone:
(21) 4104-2977 (Atendimento das 10h as 18h)
Blog:
http://blogcidadesverdes.blogspot.com/


Serão dois dias de conferência
/ 08:00h as 14:00h
Centro de convenções da FIRJAN - Av. Graça Aranha 01

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sentença de morte do Rio Xingu

Caros amigos,
O Presidente do IBAMA se demitiu ontem devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.
A mega usina de Belo Monte iria cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas.
A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença – ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar. Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte – ela será entregue em Brasília, quando conseguirmos 150.000 assinaturas:
http://www.avaaz.org/po/pare_belo_monte/97.php
Abelardo Bayama Azevedo, que renunciou à Presidência do IBAMA, não é a primeira renúncia causada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte.
A Eletronorte, empresa que mais irá lucrar com Belo Monte, está demandando que o IBAMA libere a licença ambiental para começar as obras mesmo com o projeto apresentando graves irregularidades. Porém, em uma democracia, os interesses financeiros não podem passar por cima das proteções ambientais legais – ao menos não sem comprarem uma briga.
A hidrelétrica iria inundar 100.000 hectares da floresta, impactar centenas de quilômetros do Rio Xingu e expulsar mais de 40.000 pessoas, incluindo comunidades indígenas de várias etnias que dependem do Xingu para sua sobrevivência. O projeto de R$30 bilhões é tão economicamente arriscado que o g overno precisou usar fundos de pensão e financiamento público para pagar a maior parte do investimento. Apesar de ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, ela seria a menos produtiva, gerando apenas 10% da sua capacidade no período da seca, de julho a outubro.
Os defensores da barragem justificam o projeto dizendo que ele irá suprir as demandas de energia do Brasil. Porém, uma fonte de energia muito maior, mais ecológica e barata está disponível: a eficiência energética. Um estudo do WWF demonstra que somente a eficiência poderia economizar o equivalente a 14 Belo Montes até 2020. Todos se beneficiariam de um planejamento genuinamente verde, ao invés de poucas empresas e empreiteiras. Porém, são as empreiteiras que contratam lobistas e tem força política – a não ser claro, que um número suficiente de nós da sociedade, nos dispormos a erguer nossas vozes e nos mobilizar.
A construção de Belo Monte pode começar ainda em fevereiro.O Mini stro das Minas e Energia, Edson Lobão, diz que a próxima licença será aprovada em breve, portanto temos pouco tempo para parar Belo Monte antes que as escavadeiras comecem a trabalhar. Vamos desafiar a Dilma no seu primeiro mês na presidência, com um chamado ensurdecedor para ela fazer a coisa certa: parar Belo Monte, assine agora:
http://www.avaaz.org/po/pare_belo_monte/97.php
Acreditamos em um Brasil do futuro, que trará progresso nas negociações climáticas e que irá unir países do norte e do sul, se tornando um mediador de bom senso e esperança na política global. Agora, esta esperança será depositada na Presidente Dilma. Vamos desafiá-la a rejeitar Belo Monte e buscar um caminho melhor. Nós a convidamos a honrar esta oportunidade, criando um futuro para todos nos, desde as tribos do Xingu às crianças dos centros urbanos, o qual todos nós podemos ter orgulho.
 
Com esperança

Ben, Graziela, Alice, Ricken, Rewan, toda a equipe da Avaaz e este blogueiro.

Fontes:
Belo Monte derruba presidente do Ibama:
http://colunas.epoca.globo.com/politico/2011/01/12/belo-monte-derruba-presidente-do-ibama/
Belo Monte será hidrelétrica menos produtiva e mais cara, dizem técnicos:
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/04/belo-monte-sera-hidreletrica-menos-produtiva-e-mais-cara-dizem-tecnicos.html
Vídeo sobre impacto de Belo Monte:
http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E
Uma discussão para nos iluminar:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101224/not_imp657702,0.php
Dilma: desenvolvimento com preservação do meio ambiente é "missão sagrada":
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110101161250&assunto=27&onde=Politica
Em nota, 56 entidades chamam concessão de Belo Monte de 'sentença de morte do Xingu':
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/08/26/em-nota-56-entidades-chamam-concessao-de-belo-monte-de-sentenca-de-morte-do-xingu-917481377.asp
Marina Silva considera 'graves' as pressões sobre o Ibama:
http://www.estadao.com.br/noticias/economia,marina-silva-considera-graves-as-pressoes-sobre-o-ibama,475782,0.htm
Segurança energética, alternativas e visão do WWF-Brasil:
http://assets.wwfbr.panda.org/downloads/posicao_barragens_wwf_brasil.pdf

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Automovelcracia: o carro domina nossa razão e nossa emoção

Por Eduardo Galeano.
Sequestro dos fins pelos meios: o supermercado o compra, o televisor lhe assiste, o automóvel o dirige. Os gigantes que fabricam automóveis e combustíveis, negócios quase tão rentáveis quanto armas e drogas, convenceram-nos de que o motor é o único prolongamento possível do corpo humano. Em nossas cidades, submetidas à ditadura do automóvel, a grande maioria das pessoas não tem outra alternativa a não ser pagar para viajar, como sardinhas em lata, num transporte público destrambelhado e insuficiente.
A sociedade de consumo, oitava maravilha do mundo, décima sinfonia de Beethoven, impõe-nos sua simbologia de poder e sua mitologia de ascensão social. “O carro é seu melhor amigo”, informa um anúncio. A vertigem sobre rodas o fará feliz: “Viva uma paixão!”, oferece outro anúncio. A publicidade o convida para entrar na classe dominante acessando a chavinha mágica que liga o motor: “Imponha-se!”, ordena a voz que dita as ordens do mercado, e também: “Demonstre que você tem personalidade!”. E, se não me falha a memória da infância, se você colocar um tigre no tanque, você será o mais rápido e o mais poderoso de todos, e passará por cima de quem atrapalhar o seu caminho em direção ao sucesso.
Arte: Singer

Arte: Laerte
A linguagem fabrica a realidade ilusória que a publicidade precisa para vender seus produtos. Mas ocorre que, na realidade real, os instrumentos criados para multiplicar a liberdade contribuem para nos encarcerar. O carro, essa máquina de ganhar tempo, devora o tempo humano. Nascido para nos servir, coloca-nos a seu serviço: ele nos obriga a trabalhar mais e mais horas para poder alimentá-lo, rouba nosso espaço e envenena nosso ar.
Arte: Singer
Em nome da liberdade de empresa, da liberdade de circulação e da liberdade de consumo, o ar urbano tornou-se irrespirável. O carro não é o único culpado pela agressão cotidiana ao ar no mundo, mas é quem mais diretamente ataca os habitantes das cidades. As ferozes descargas de chumbo que se enfiam no sangue, agredindo os nervos, o fígado e os ossos, têm efeitos devastadores principalmente no hemisfério sul, onde não são obrigatórios os catalizadores nem a gasolina purificada. Conforme denunciam os ecologistas, em Santiago do Chile, cada criança que nasce aspira o equivalente a sete cigarros diários e uma em cada quatro crianças sofre de alguma forma de bronquite.
O que é a ecologia? Um táxi pintado de verde?
 
Arte: Singer
Na Cidade do México, os táxis pintados de verde são chamados de táxis ecológicos e chamam-se de parques ecológicos as poucas árvores de cor doentia que sobrevivem ao assédio dos carros. Numa publicação oficial, as autoridades da capital mexicana difundiram alguns conselhos ecológicos que parecem ter sido inspirados pelos mais sombrios profetas do apocalipse.
A Comissão Metropolitana de Prevenção e Controle da Contaminação Ambiental recomenda textualmente aos habitantes da cidade que “permaneçam o menor tempo possível ao ar livre, mantenham fechadas portas e janelas e não pratiquem exercícios das 10 às 16 horas” nos dias muito poluídos, que são quase todos.
Segundo relatam os estudiosos de antiguidades gregas. a cidade nasceu como um lugar de encontro das pessoas. Há espaço para as pessoas nestas imensas garagens? Pouco antes da publicação desses conselhos ecológicos, saí caminhando pelas ruas da Cidade do México. Andei quatro horas entre motores que rugiam. Sobrevivi. Meus amigos me deram boas-vindas emocionados, mas me recomendaram um bom psiquiatra.
Os automóveis matam uma multidão, a cada ano, no mundo inteiro. Em muitos países, as estatísticas são duvidosas, ou inexistentes ou não estão atualizadas. As últimas estimativas globais disponíveis (do Worldwatch Institute, de Washington) indicam que mais de 250 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito em 1985. Nem a guerra do Vietnã matou tanta gente em apenas um ano.
No mundo inteiro, o trânsito é a primeira causa de morte entre os jovens, acima de qualquer doença, droga ou crime. Uma enorme campanha internacional de propaganda, com nuances francamente terroristas, adverte diariamente aos jovens sobre os riscos do sexo em tempos de Aids. Por que não fazer uma campanha semelhante acerca dos perigos do automóvel? A carteira de motorista equivale à licença de porte de armas?
Arte: Singer
Andar de bicicleta pelas ruas das grandes cidades latino-americanas, que não têm ciclovias, é a forma mais prática de se suicidar. Nos países do sul do planeta, onde as normas existem para serem violadas, há muito menos carros do que nos países do norte, porém matam muito mais.
Porque os latino-americanos que não têm nem terão carro próprio – a imensa maioria não pode nem poderá comprá-lo – continuam condenados a aguardar nas esquinas, sem outro remédio a não ser esperar os escassos ônibus? Por que não abrir, antes que se já tarde, ciclovias protegidas nas avenidas e ruas principais?
Os carros não votam, mas os políticos têm pânico de provocar-lhes o mínimo desgosto. Nenhum governo latino-americano atreveu-se a desafiar o poder motorizado. É verdade que recentemente Cuba se encheu de bicicletas, mas isso não aconteceu durante os trinta e tantos anos de revolução. A bicicleta aparece maciçamente em Cuba quando não há outro remédio, porque não sobra uma gota de petróleo: não como uma alegria desfrutável, mas como uma calamidade inevitável.
Nem sequer as revoluções, às quais ninguém poderia negar o desejo de mudança, propuseram-se a pôr em prática esta singela maneira de diminuir a dependência das onipotentes empresas que dominam o negócio do transporte e do petróleo no mundo. Não existe pior colonialismo do que aquele que nos conquista o coração e nos apaga a razão.

Fonte: http://ciclorganico.wordpress.com/

domingo, 9 de janeiro de 2011

Homenagem à Márcia Prado

Márcia Prado, ciclista, morreu atropelada por um ônibus na Av. Paulista em São Paulo no dia 14 de janeiro de 2009.
Assim, no dia 14 de janeiro, sexta feira próxima, um grupo de ciclista e familiares de Marcia estarão se reunindo na Praça do Ciclista (Av. Paulista esquina com Consolação) para prestar homenagens à memória da ciclista.
Leiam abaixo o depoimento de André Pasqualini, ciclista, integrante da CicloBR e integrante do Movimento Nossa São Paulo:
"Meses atrás um pessoal que participa da Bicicletada agitou uma viagem até Sorocaba. Estava chovendo e acabei desistindo, achei que nem ia rolar a viagem, mas alguns guerreiros resolveram ir mesmo assim, entre elas estavam a Marcia, até então uma ciclista novata que havia conhecido numa Bicicletada, mas sem ainda tanta afinidade.
Liguei para meus amigos na estrada e fiz eles mudarem de destino seguindo para Embu das Artes, assim poderia encontrá-los com mais dois amigos ciclistas. Essa foi a primeira grande aventura da Marcia, da Castelo até a BR-116 pelo Rodoanel, ela estava cansada e foi guinchada pelos nossos amigos.
Depois vieram outras viagens, pedalou para Sorocaba em setembro, Ubatuba em novembro e no último domingo na sinalização da via de Manutenção da Imigrantes. Isso sem contar nas inúmeras vezes que saiamos para beber, se divertir, ou pedalar livremente pela cidade, como ela fez durante a virada de ano com vários amigos da Bicicletada.
Ela não pedalava antes de conhecer a Bicicletada, Marcia era massagista e se deslocava de moto pela cidade para atender seus clientes. Daquela garota que precisou ser guinchada em julho, para a Marcia que foi com total tranqüilidade até Sorocaba em Setembro, houve uma grande mudança. A partir de então sua bicicleta passou a ser seu principal meio de locomoção e ia aos seus clientes de bicicleta, se necessário com um colchonete preso no bagageiro. Até uma Bicicleta Fixa resolveu comprar, para resgatar os primórdios da pedalada perfeita.
Ela também entrou para a Bicicletada incorporando seu verdadeiro espírito, o de contestar tudo que havia de errado e fazer algo para mudar. Ela mandou dezenas de emails para a Artesp, Policia Rodoviária do Estado, Ecovias, para saber o porque a bicicleta é proibida de chegar na praia. Já doou e participou de vaquinhas para compra de faixas, tinta para as bicicletinhas. Participava de diversas discussões, estava presente na maioria das ações que fazíamos pela cidade, sempre se doando, se entregando, pois  ela acreditava que poderia fazer a diferença."

Fonte: http://www.ciclobr.com.br/marcia.htm

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Programa de Especialização em Patrimônio - PEP

O Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico - IPHAN, está lançando o 6º Edital de Seleção do Programa de Especialização em Patrimônio (PEP) para selecionar candidatos à turma 2011. Este Programa de bolsas destina-se a profissionais recém-graduados em diversas áreas do conhecimento, para sua especialização no campo da preservação do patrimônio cultural durante 24 meses. Os candidatos selecionados serão especializados por meio de sua integração em diversas unidades do IPHAN, distribuídas no território nacional. As inscrições estão abertas até o dia 04 de março de 2011.
link do edital: http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=1650

FUNBIO abre chamada para projetos na Mata Atlântica

A conservação da Mata Atlântica acaba de ganhar mais um apoio importante. Até o dia 18 de fevereiro de 2011, organizações sem fins lucrativos poderão encaminhar ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) propostas de projetos de conservação da Mata Atlântica, em quatro temas específicos: criação ou ampliação de unidades de conservação públicas municipais e/ou estaduais; elaboração de planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica; regularização ambiental de imóveis rurais e; viabilização de projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). A chamada vai disponibilizar um montante máximo de R$ 4,3 milhões e tem financiamento do Fundo de Conservação da Mata Atlântica (na sigla em Inglês, AFCoF).
 Poderão apresentar propostas associações ou outras instituições sem fins lucrativos que possuam em seus estatutos objetivos voltados para conservação da biodiversidade ou do meio ambiente e instituições de pesquisa e ensino que tenham trabalhos voltados para conservação da Mata Atlântica, que tenham pelo menos dois anos de existência legal. Os projetos poderão contemplar parcerias com prefeituras municipais, órgãos de meio ambiente estaduais ou municipais, ONGs, comitês de bacia hidrográfica, associações municipais, etc.
 Cada instituição proponente está limitada a apresentar um só projeto por tema, considerados os valores teto de cada um deles. Instituições que já foram apoiadas pelo AFCoF em chamadas anteriores ou que queiram apresentar mais de um projeto (em temas diferentes) poderão fazê-lo desde que a soma não ultrapasse a R$ 500 mil por organização. Os projetos deverão ser executados em um prazo máximo de 15 meses a contar da data de assinatura do contrato com o Funbio.
 A gerente do AFCoF no Funbio, Erika Polverari, alerta que é fundamental que as instituições leiam com atenção o documento da chamada de projetos e vejam os critérios de enquadramento, valor teto de cada tema, documentos necessários, contrapartida obrigatória e despesas elegíveis, entre outros detalhes, para que as propostas sejam desenhadas conforme as regras do edital. “Esse é o terceiro edital que lançamos em 2010 pelo AFCoF e nas outras duas chamadas algumas organizações deixaram de ser enquadradas por não atenderem aos critérios de seleção”, ressalta. “Nesta nova chamada temos diretrizes específicas para cada um dos quatro temas, por isso as organizações devem redobrar a atenção, especialmente nos anexos temáticos”.
 O processo seletivo será feito em duas etapas eliminatórias: uma de enquadramento e outra de análise técnica. Num primeiro momento, a equipe do Funbio avaliará se as propostas atendem aos requisitos descritos no edital. Após esta etapa, os projetos serão encaminhados a uma comissão técnica para análise do mérito da proposta. O resultado final deve ser divulgado em abril.
 Clique aqui e leia os detalhes do edital na Chamada de Projeto 05/2010 - Projeto Mata Atlântica II – AFCoF II (arquivo pdf – 763 Kb).
Clique aqui para baixar os formulários e roteiros a serem preenchidos (arquivo word - 171 Kb).
 Cada instituição proponente não poderá exceder o limite de R$ 500 mil na somatória de projetos apresentados, incluindo as propostas já aprovados nos Editais 03/2010 e 04/2010 do AFCoF (No caso de organizações que tenham sido contempladas anteriormente).
 Sobre o projeto Proteção da Mata Atlântica II
 Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o projeto “Proteção da Mata Atlântica II” marca a segunda fase do Atlantic Forest Conservation Fund (AFCoF). O projeto tem duração prevista de três anos e se insere na Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, da Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha (BMU). Conta com apoio técnico da Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) e apoio financeiro através do KfW Entwicklungsbank (Banco de Desenvolvimento da Alemanha), por intermédio do Funbio. Seu objetivo é contribuir para a proteção, o manejo sustentável e a recuperação da Mata Atlântica, considerada um sumidouro de carbono de significância global para o clima e com biodiversidade de extrema relevância.


Fonte: Corredor Central da Mata Atlântica / UCE-ES