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terça-feira, 18 de maio de 2010

BigBiker 2010 - Etapa de Sto.Antonio do Pinhal - SP

O dia começou cedo e frio para os participantes da segunda etapa do BigBiker que ocorreu em Santo Antonio do Pinhal - SP em plena Serra da Mantiqueira, área de proteção ambiental, que este ano comemora 25 anos de sua criação. Para muitos, segundo depoimentos, uma das melhores e mais organizadas competições de mountain bike do país na atualidade, que este ano completa 10 anos, com infra-estrutura impecável para atletas e espectadores.

Os que acompanharam a competição, como este escriba que pensa sériamente em participar pedalando no próximo ano, ficaram tão extasiados com tanta variedade de bikes e também de competidores, além dos stands de peças, acessórios e bikes. As transmissões com 27 marchas predominavam, em função da topografia do percurso dessa etapa e por ser uma tendencia mais do que aprovada. Foram duas categorias: Pró e Sport, que percorreram, respectivamente, 54 e 46 km, sendo que ambas foram divididas em 36 subcategorias em função de idade e/ou aptidão física, reunindo adolescentes, adultos e terceira idade, masculino e feminino. Foram mais de 1000 inscritos de vários estados do Brasil como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e do exterior com tres competidores do Perú e um da Holanda.

No geral, percebeu-se baixa presença de adolescentes, talvez, um indicativo de ausência de estímulo e patrocínio para esse segmento. Cabe a reflexão sobre a necessidade do fomento da atividade ciclística competitiva e de lazer, à ser desenhada em parcerias com entidades de caráter esportivo, social e escolas, sobretudo as públicas onde os alunos representam os segmentos menos favorecidos da sociedade.

Resende esteve presente com mais de uma dezena de competidores, a maioria na categoria Sport, e um na categoria Pró, muito bem representada por ter atletas de várias idades, incluindo homens e mulheres, sendo que a maioria representava a Associação de Ciclismo da Região das Agulhas Negras - ACRAN, representado por seu entusiasta diretor o "Torrão", havia também um grupo de Atletas de Cristo, e um competidor pela Cicle Dois Irmãos. 
Pela ACRAN competiram Aléxia (que se acidentou durante o percurso), Juliana, Jefferson, Jorge e Emygdio na categoria Sport, e Paulinho, pela Cicle Dois Irmãos, na categoria Pró. Todos concluiram o percurso, recebendo medalhas na chegada.

A próxima etapa do BigBiker será no dia 18 de julho de 2010 em Taubaté - SP. Pela localização promete paisagens deslumbrantes e trechos cascudos também, característica dessa região em pleno Vale do Paraíba e aos pés da Serra da Mantiqueira, aos interessados, é só acessar o site dos organizadores: www.bigbiker.com.br.
               
Nessa edição de 2010 apenas consigo descrever o que percebi na largada, chegada, e bastidores, pois, como pedaleiro recente temos muito o que evoluir em forma física e técnica, porém a paixão pelo ciclismo já me arrebatou.

 
 
Fotos: Raymundo Rodrigues

sexta-feira, 7 de maio de 2010

56° Passeio dos Amigos da Bike - Resende - RJ

O próximo passeio desse grupo, que há anos agita o cicloativismo na cidade será no dia 22 de maio próximo às 20hs, saindo da Moto Vereda no bairro do Manejo em Resende.
Passando por Bulhões, Porto Real, Floriano, Quatis, Falcão, Cachoeira da Fumaça, Jacuba e retornando pela Vargem Grande, serão 85 km de emoção noturna, imperdível! Levar sistema de iluminação individual, e, claro, proteção também, como capacete e luvas.
As inscrições poderão ser feitas no Cicle Dois Irmãos ou no local da saída por R$ 3,00, maiores informações: contato@amigosdabikerj.com.

Volkswagen no mercado das bikes

A montadora Volkswagen revelou recentemente sua bicicleta elétrica. Chamada de bik.e, essa elegante bicicleta portátil e capaz de de ser dobrada até o tamanho de um pneu. Ela tem autonomia de 20km de distância e velocidade máxima de 20km/h.
A Volkswagen planeja oferecer a bik.e como uma opção de potenciador da mobilidade, para seus automóveis.
Essa indústria alemã, percebendo a ascensão do uso da bicicleta para deslocamentos urbanos, deseja acertar na mega sena duas vezes: melhorar sua imagem no mercado por produzir a epidemia do século, e, ao mesmo tempo oferecer uma alternativa à ela (epidemia), ainda que sem conseguir combater o sedentarismo, pois a bik.e não tem pedais.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Jornada “Na Cidade Sem Meu Carro”

Não se trata da mera questão de vedar o tráfego motorizado em algumas ruas, mas sim de proporcionar às pessoas uma oportunidade para descobrirem outras formas de transporte e de viverem este dia sem sentirem restrições à sua mobilidade.

 O que é?
A Jornada "Na Cidade Sem Meu Carro" surge da preocupação relacionada com a qualidade do ar das nossas cidades. Tendo em vista os crescentes problemas relacionados com o uso do automóvel, vários países da União Européia lançaram esta iniciativa pela primeira vez em 22 de Setembro de 2000. A Jornada Brasileira "Na cidade sem Meu Carro" consiste no engajamento institucional de cada prefeitura, que delimita um perímetro de proteção dos automóveis, geralmente a área central ou outra de importância de tráfego. Nesse perímetro, durante o dia 22 de setembro, só circularão veículos dos serviços essenciais além de ônibus, bicicletas, táxis e pedestres.
O horário de funcionamento em geral é de 8 às 18 horas, podendo ser estendido. Nesse dia podem ser feitas atividades culturais, medições de índices de poluição, desempenho do transporte coletivo e debates sobre o tema, articulados com a Semana Nacional de Trânsito. Não se trata da mera questão de vedar o tráfego motorizado em algumas ruas, mas sim de proporcionar às pessoas uma oportunidade para descobrirem outras formas de transporte e de viverem este dia sem sentirem restrições à sua mobilidade.
Esta iniciativa consiste numa série de ações com o objetivo de:
  • refletir sobre os problemas causados pelo modelo de mobilidade centrado no automóvel;
  • despertar nos cidadãos a consciência sobre o uso racional e solidário do automóvel para combater a poluição e reduzir os gastos públicos;
  • estimular o uso do transporte coletivo;
  • estimular o desenvolvimento de novas tecnologias;
  • apoiar as iniciativas municipais;
  • informar os cidadãos sobre alternativas de mobilidade sustentável no planejamento urbano e no uso de combustíveis renováveis e não poluentes;
  • incentivar a adoção de alternativas sustentáveis como o transporte a pé e de bicicletas.
Histórico
 A Jornada Internacional
Os europeus, preocupados com os graves problemas ambientais e com a qualidade de vida nas cidades devido ao uso desordenado dos automóveis, assumiram no ano 2000 a proposta idealizada e realizada pela França em 1998 que contou com a adesão da Itália.
Naquele ano, foram 35 cidades francesas, já em 1999, 186 cidades francesas e italianas e em 2000 a União Européia instituiu a Jornada Internacional "Na Cidade, Sem meu Carro", reunindo 760 cidades. Em 2001 foram 1683 das quais, 1050 realizaram integralmente a Jornada e assinaram declaração de compromisso (843 da União Européia envolvendo 14 países e 207 cidades de 18 países não membros), além de 633 cidades que se associaram à Jornada mas não assinaram o compromisso, entre as quais estão 11 cidades brasileiras.
Maiores informações no site da jornada Internacional www.22september.org, onde pode-se encontrar, além da coordenação européia, os sites dos países envolvidos. 
 A Jornada Brasileira
O Brasil aderiu à Jornada, ainda de forma tímida, comparada à radicalidade européia, porém, indo muito além da expectativa dos organizadores (RUAVIVA - Instituto da Mobilidade Sustentável e ANTP - Associação Nacional dos Transportes Públicos), com o envolvimento de 11 cidades dentre elas 7 capitais que interditaram ruas, praças, áreas centrais e quarteirões aos automóveis e onde foram realizadas atividades como: passeios ciclísticos, caminhadas, eventos culturais, painéis sobre transporte e trânsito, exposições de carros antigos, shows musicais, exposição de artistas plásticos, teatro, pesquisas de avaliação e de níveis de poluição e velocidade do transporte coletivo, etc.
 As cidades pioneiras foram: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas no Rio Grande do Sul; Piracicaba em São Paulo, Vitória no Espírito Santo, Belém no Pará, Cuiabá no Mato Grosso, Goiânia em Goiás, Belo Horizonte em Minas Gerais, Joinville em Santa Catarina e São Luís no Maranhão.
Foram feitas pesquisas de avaliação da iniciativa e os resultados incentivam novas ações semelhantes. A avaliação de ótimo e bom foi em Belém de 82%, São Luís 71%, Joinville 86%, Vitória 86% e Caxias do Sul 95%.


Fonte:www.ruaviva.org.br e MMA (www.meioambiente.gov.br)
Fotos: Raymundo Rodrigues

Sociedade Planetária Sustentável

O conceito de sustentabilidade transformou-se num elemento chave no movimento global, crucial para encontrar soluções viáveis para resolver os maiores problemas do mundo. 

Na última década emergiram conceitos básicos que nos permitem rascunhar o projeto de uma nova sociedade sustentável. O conceito de sustentabilidade transformou-se num elemento chave no movimento global, crucial para encontrar soluções viáveis para resolver os maiores problemas do mundo. O que significa isto? Lester Brown do Instituto WorldWatch elaborou uma definição clara e trabalhável: “Uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz as suas necessidades sem diminuir as possibilidades das gerações futuras de satisfazer as delas”.
Como seria, verdadeiramente, uma sociedade sustentável? Ainda não há modelos detalhados, mas na última década surgiram critérios básicos que nos permitem desenhar a forma emergente das sociedades sustentáveis.
A sustentabilidade global requer uma drástica diminuição do crescimento mundial. As sociedades sustentáveis terão populações estáveis, como as que têm hoje em dia 13 países europeus e o Japão. A população mundial deverá se estabilizar no máximo em oito bilhões de pessoas. As economias sustentáveis não serão potencializadas por combustíveis fósseis mas sim por energia solar e suas muitas formas diretas e indiretas; luz solar para aquecimento e eletricidade fotovoltaica; energia eólica e hídrica... e assim por diante. A energia nuclear deixará de ser usada devido a sua longa lista de desvantagens e riscos econômicos, sociais e ambientais. Os painéis solares esquentarão a maior parte da água doméstica ao redor do mundo, e muito da calefação dos diversos espaços será feita através da entrada direta dos raios solares.
Com as células fotovoltaicas, os lares, em todas as partes do mundo, chegarão a serem produtores tanto quanto consumidores de eletricidade. A produção de energia chagará a ser muito mais descentralizada e, por isso mesmo, menos vulnerável aos cortes ou apagões; isto será, também, compatível com as instituições políticas democráticas.
Um sistema energético sustentável será também muito mais eficiente energeticamente. Como algo típico, será duplicada a economia de combustível dos automóveis; por sua vez, será triplicada a eficiência dos sistemas de iluminação e as necessidades de aquecimento diminuirão em 75 por cento Tudo isto hoje em dia é possível graças às tecnologias já existentes.
 O transporte numa sociedade sustentável será muito menos esbanjador e poluente do que hoje. As pessoas morarão muito mais perto dos seus lugares de trabalho e elas se movimentarão nas vizinhanças mediante sistemas altamente desenvolvidos de ônibus e transportes sobre trilhos. Haverá menos automóveis particulares. As bicicletas serão um veículo importante no sistema de transporte sustentável. Hoje em dia já há o dobro de bicicletas com relação a automóveis, mundialmente. Nas indústrias sustentáveis a reciclagem será a principal fonte de matéria prima. O desenho industrial se concentrará na durabilidade e no uso reiterado, em vez da vida curta e descartável dos produtos. O desejável será uma mentalidade baseada na ética da reciclagem. As empresas de reciclagem ocuparão em grande escala, o lugar das atuais companhias de limpeza urbana e disposição final do lixo, reduzindo os resíduos pelo menos em dois terços.
Uma sociedade sustentável necessitará de uma Base Biológica restaurada e estabilizada.
 O uso da terra seguirá os princípios básicos da estabilidade biológica: a retenção de nutrientes, o equilíbrio de carbono, a proteção do solo, a conservação da água e a preservação da diversidade de espécies. É provável que as áreas rurais tenham maior diversidade que hoje em dia com o uso da terra em equilíbrio de manejo, em que haverá rotatividade quanto a plantação e cultivo de espécies. As empresas que produzirem alimentos e energia serão mais populares.
Não haverá desperdício de colheitas. Os bosques tropicais serão conservados. Não haverá desmatamento para obtenção de madeira e outros produtos. Pelo contrário, milhões de hectares de novas árvores serão plantados. Os esforços para deter a desertificação transformarão as áreas degradadas em terrenos produtivos. O uso exaustivo de pastagens será eliminado, assim como haverá modificação na cadeia alimentar das sociedades afluentes, para incluir menos carne e mais grãos e vegetais.
Novas indústrias sustentáveis estarão mais descentralizadas, fomentando uma maior independência nas grandes cidades. Os sistemas de valores que enfatizam a quantidade, a expansão, a competição e a dominação, darão lugar à qualidade, à conservação, à cooperação e à solidariedade. À medida que a acumulação de riqueza material perca sua fatigante importância, a brecha entre ricos e pobres se estreitará, eliminando muitas tensões sociais.
A característica decisiva de uma economia sustentável será a rejeição da cega busca de crescimento. O produto nacional bruto chegará a ser reconhecido como um indicador em bancarrota. No lugar do PIB, as mudanças econômicas e sociais, tanto quanto as tecnológicas, serão medidas por sua contribuição à sustentabilidade. Em um mundo sustentável, os orçamentos militares serão uma pequena fração do que são hoje em dia. Em vez de manter caras poluidoras instituições de defesa, os governos poderão investir em uma fortalecida Nações Unidas para a manutenção da paz. As nações indivi duais descentralizarão o poder e a tomada de decisões dentro de suas próprias fronteiras. Ao mesmo tempo, estabelecerão um grau de cooperação e coordenação sem precedentes em nível internacional para solucionar problemas globais. As diferenças ideológicas se dissiparão frente à crescente consciência de que a Terra é o nosso lugar comum, não importando os nossos diferentes antecedentes culturais. A compreen são de que todos nós compartilhamos esta Terra será a fonte de um novo código ético. A imagem de uma futura Terra sustentável tem sido pintada com grandes pincéis.
O desafio das décadas vindouras é aprimorar com detalhes, através do trabalho das corporações, dos governos, das organizações ambientais, dos partidos políticos e dos cidadãos. Nós acreditamos que o ideal da sustentabilidade é uma preciosa meta, incitante para os seres humanos, cansados de uma época esbanjadora e destrutiva. Promete um sentido de segurança e oportunidades para esforços de colaboração internacional, que tem estado ausentes da Terra nas décadas recentes.

Por Fritjof Capra e Ernest Callenbach - Físico e teórico de sistemas e Ambientalista, respectivamente Fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 98, janeiro/2005.
Fotos: Raymundo Rodrigues

terça-feira, 4 de maio de 2010

Fotógrafos usam 'câmeras-embalagens' pinhole em mostra em SP


Usando a técnica do pinhole, 24 fotógrafos registraram imagens para exposição que abre esta quarta-feira (5) em São Paulo, na Cinemateca Brasileira. "O Olhar das Marcas" mostra o resultado da produção de fotógrafos como Bob Wolfenson e Daniel Klajimic ao utilizar uma pinhole -- ou 'câmera de orifício' -- feita com embalagens de produtos.
A pinhole (expressão que significa buraco de alfinete, em inglês) é uma técnica de fotografar que consiste em transformar qualquer objeto vedado de luz em uma câmera. Com um orifício em um lado e uma folha de material fotosensível no lado oposto é possível construir uma câmera pinhole.
Na mostra, que tem curadoria da agência de propaganda JWT, a partir de embalagens de produtos foram criadas as câmeras com as quais os fotógrafos trabalharam. Junto das fotos, a exposição exibe também as engenhosas máquinas.
"O Olhar das Marcas" fica em cartaz apenas até 20 de maio. Os fotógrafos que participam da mostra são: Andreas Heininger, Alê Catan, Alê Ermel, Bob Wolfenson, Daniel Klajimic, Fabio Bataglia, Felipe Hellmesiter, Gustavo Lacerda, Gustavo Zylberstain, Hilton Ribeiro, Jair Lanes, Jairo Goldfluss, Klaus Mitteldorf, Luis Crispino, Manolo Moran, Mario Daloia, Mauricio Nahas, Miro, Paulo Mancini, Paulo Vainer, Ricardo Barcellos, Rogerio Miranda, Valerio Trabanco e Willy Biondani.


"O OLHAR DAS MARCAS"
Quando:
de 5 a 20/5. De segunda a sexta-feira das 9h às 18h
Onde: Cinemateca Brasileira (largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana. Tel.: 0/xx11 3512-6111 r.215)
Quanto: entrada gratuita

Fonte: Uol Entretenimento

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas


                                              http://www.bicicletasroubadas.com.br/default.asp

 O Cadastro de Bikes Roubadas Brasileiro tem os seguintes objetivos:

- Ajudar na recuperação de bicicletas roubadas
- Evitar que consumidores e lojistas comprem material roubado
- Mapear áreas de risco para ciclistas
- Previnir roubos através da divulgação da forma de agir dos ladrões

COMO FUNCIONA

A vítima do roubo preenche o formulário eletrônico, clicando na opção INCLUIR BIKE do menu do site. Ao enviar o registro, o sistema vai gerar um cartaz eletrônico para a vítima, que pode ser impresso para divulgação.
O registro fica bloqueado para que a equipe responsável pelo cadastro confira os dados. Após análise, o registro é publicado no sistema e, caso tenha informações suficientes e a bicicleta seja de fácil identificação, um email com o cadastro do roubo é enviado para mais de 200 lojas em todo o Brasil.
O nome e email da vítima não fica disponível no sistema, evitando assim emails não autorizados ou qualquer problema com privacidade. Caso alguém queira entrar em contato com a vítima, é possível enviar um email através de um formulário especial, cujo link fica indicado em cada cadastro.

QUANTO CUSTA PARA REGISTRAR ?
Nada! Todo o processo é gratuito.

Notícias de uma guerra pública

                                                                                                foto: Tiago Nepomuceno
No dia 27 de março, a quarta Ghost Bike de São Paulo foi instalada na avenida Vereador José Diniz. As “bicicletas fantasma” são homenagens feitas em diversas cidades do mundo: uma bicicleta branca é colocada nos locais onde ciclistas foram mortos em incidentes de trânsito.
A homenagem de sábado foi em memória do Sr. Manoel Pereira Torres, morto no dia 20 de março por um motociclista que ultrapassou o sinal vermelho em alta velocidade e atingiu o “seu” Manoel na faixa de pedestres.
Manoel, de 53 anos, utilizava a bicicleta para ir ao trabalho todos os dias, saindo da Favela da Paz (Interlagos) até o bairro do Itaim.
A guerra invisível que mata pessoas que estavam apenas indo e vindo é a maior causa de mortes não naturais no estado de São Paulo, superando os homicídios. Em 2009, 69 ciclistas perderam a vida em incidentes de trânsito.
O silêncio e a invisibilidade quanto à barbárie nas ruas é tão brutal quanto a pancada de algumas toneladas de aço em um corpo desprotegido.
Não há nada de acidental nestas mortes: elas são causadas pela estupidez ao volante, pelo estímulo à velocidade, pela impunidade dos que matam portando máquinas de deslocamento, pela indústria das carteiras de habilitação e pelo estado de tensão permanente de um trânsito imóvel em uma cidade onde reina a má distribuição geográfica de bem-estar, oportunidades de trabalho, cultura e lazer.
“Seu” Manoel foi morto por uma moto. Guy Debord afirmou que as motocicletas são subprodutos dos automóveis. Fica fácil entender o que dizia o francês ao olhar para a cidade que, até a década de 90, tinha office-boys usando transporte público para transportar documentos: é a urgência do congestionamento a responsável pela institucionalização do motoboy. Da mesma forma, é o número excessivo de veículos particulares que torna necessários os corredores de ônibus.
O ciclo vicioso desta guerra invisível precisa cessar. Não é possível perpetuar a lógica insustentável de mais carros, mais congestionamento, mais agressividade, mais mortes, mais infra-estrutura para carros, mais carros, mais congestionamento, mais agressividade, mais mortes…
O ciclista pertence às ruas. Não há cidade no mundo em que o tráfego de bicicletas aconteça apenas em ciclovias ou ciclofaixas. Compartilhar a rua e respeitar a vida é preciso e deve estar acima de tudo. Infelizmente, isso nunca foi dito aos motoristas, que só escutam falar em velocidade, potência e  maneiras de “se dar bem” com um carro.
Fonte: Apocalipse Motorizado - http://www.apocalipsemotorizado.net/tag/ghost-bike/

Primeira Biblioteca Parque do Brasil foi inaugurada no Rio de Janeiro

 
As autoridades do Rio de Janeiro inauguraram no dia 29 de abril a primeira biblioteca-parque do Brasil, um projeto que beneficiará 100 mil pessoas em uma empobrecida região da cidade e que foi inspirada em uma iniciativa similar a da cidade colombiana de Medellín.
Em uma área de 3,3 mil metros quadrados, a primeira biblioteca-parque do país conta com uma área aberta, filmoteca, sala de leitura para deficientes visuais, acervo digital de música, cinema, teatro, sala de reuniões, coleção com 25 mil livros e uma sala com 40 computadores com acesso à internet.
O projeto, que beneficiará os habitantes de 16 favelas e teve um custo de R$ 8,6 milhões, foi construído pelo governo do estado em Manguinhos, uma das áreas mais pobres da cidade.
Conforme o ministro de Cultura do Brasil, Juca Ferreira, que participou da inauguração, a iniciativa é inspirada em experiências de Medellín que aproveitam o espaço da biblioteca para oferecer outras opções culturais e recreativas.
"A cultura é um direito de todos os brasileiros e o Estado é obrigado a garantir este direito. Esta biblioteca poderá estimular e dinamizar a leitura", afirmou o ministro.
Ferreira assegurou que o Governo está planejando incluir bibliotecas-parque em todos os projetos urbanísticos que estão sendo desenvolvidos no país mediante acordos entre o Ministério das Cidades.
Pelo menos no Rio de Janeiro, dois já estão sendo construídos, um na Rocinha e outro no complexo do Alemão, um conjunto de bairros pobres controlado pelo tráfico de drogas e que se transformou em um dos lugares mais violentos da cidade.
O ministro disse que este tipo de espaço cultural pode colaborar, como ocorreu em Medellín, para reduzir os índices de violência em Manguinhos, uma região onde são constantes os confrontos entre quadrilhas do tráfico de drogas.
"Cultura não combina com violência. A cultura melhora as relações humanas. Onde há cultura, o índice de violência é baixo como demonstram experiências em Nova York e Medellín", acrescentou.
A Academia Brasileira das Letras se comprometeu em renovar periodicamente a coleção da biblioteca-parque mediante doações.
Fonte: EFE

sábado, 1 de maio de 2010

Pedal para a Reserva Natural da Serrinha do Alambari

 Havia planejado um passeio para o sábado pela manhã, pensei na Serrinha do Alambari, local que apenas tinha ido de carro. Convidei meus filhos para me acompanharem, sempre os convido porque são os responsáveis por meu entusiasmo inicial pelo uso da bicicleta, que cada vez mais incorporo às minhas atividades. Hoje (sábado) pela manhã me convenci que seria um pedal solitário, porque os jovens não conseguiam acordar em função da ida à um aniversário na noite anterior. Isso significou uma sobrecarga, pois, além do meu inseparável alforje de equipamento fotográfico, tive que levar uma mochila pequena com acessórios para manutenção da bike e alimentação.
Chegando no posto de Penedo encontro com um dos organizadores dos Amigos da Bike acho que o nome dele é Otto (vão se acostumando pois sou péssimo com nomes), que fazia um pedal mais rápido com uma bike "slick",  e mais Torrão e Alice da ACRAN, sendo que com esses últimos formamos um trio no passeio até a Serrinha.
Logo no início, na primeira subida, senti o "peso" de pedalar com bagagem, mas argumentei para mim mesmo: já que pretendo fazer viagens de bike tenho que me acostumar com pesos adicionais. Assim, para variar, me transformei no "lanterninha" de nosso pequeno grupo. A entrada na estrada de terra foi ótima, ali podíamos perceber a manifestação da natureza bem de perto, pássaros, vegetação e cursos d'água. A chegada na praça da Serrinha foi tranquila onde fizemos um lanche rápido, fotos, conversamos, e decidimos retornar.
A volta foi tranquila, até pudemos conversar em movimento, ambos são muito simpáticos, receptivos e atentos ao movimento do uso da bicicleta. Falamos um pouco sobre algumas ações urgentes e necessárias, junto aos usuários de bike em Resende no que diz respeito a pedalar na contra-mão e sem proteção individual, hábitos perigosos. Questionamos, entre nós, também as autoridades locais, que deveriam se sensibilizar oferecendo melhores condições e mais segurança às pessoas que utilizam bike nos seus deslocamentos.
Foram quase 40 km percorridos entre ida e volta, passeio contemplativo, curto, rápido, sem exigir muito do físico e ao mesmo tempo eficiente, sobretudo no que diz respeito à integração entre o ser humano com a natureza, si mesmo e o próximo.

Onde você vai estar no domingo 02 de Maio de 2010?

Onde você estiver ao meio dia, hora de Brasilia, esteja com uma câmera fotográfica, digital, analógica, celular, etc. O desejo é que você tire uma foto e envie para o Lens ( um blog do NY Times que trata de imagens jornalísticas). A partir das 15 horas, o link em: submit.nytimes.com/moment estará ativado, é através dele que poderá enviar sua foto, de máximo 5 Mb que fará parte de um  mega mosaico que mostrará esse momento em todo o planeta.
Os temas que poderão ser abordados são: Religião, Jogos, Natureza e Meio Ambiente, Família, Trabalho, Artes e Entretenimento, Dinheiro e Economia, Comunidade e Temas Sociais.
Maiores informações no site: http://lens.blogs.nytimes.com/2010/04/08/about-3/